PARTE 4 :: Março/Junho 2000 ::
Seu retorno aconteceu no dia 23 de março, quatro dias antes de completar 19 anos. Para mim, com uma surpresa desagradável na bagagem, que foi a de não ter conseguido a liberação do seu ex clube Nacional, pelo qual Cacau nunca atuou ou melhor nunca deram-lhe um chance. Ficaram sabendo que ele esteve aqui fazendo teste, negaram, chegaram a rasgar !!! Exigiram na época $ 100.000;- dólares. Informei-me direitinho, sabia que no mês de junho do mesmo ano (seu contrato era amador) estaria automaticamente liberado. Foi o que aconteceu nesse intermédio. Ele treinava e assistíamos aos jogos do Türkü Gücü nos fins de semana. Viajamos pela Baviera atrás desse time. Foi muito legal. Durante esses três meses e meio, enquanto aguardávamos sua liberação, o levava para as viagens com a banda pra que visse de perto o duro que eu dou pra ganhar meu dinheiro, perdendo noites de sono, etc. Sabia também da importância que teria essas observações para que no futuro viesse valorizar seu próprio trabalho, compreendendo melhor os fãs quando perguntassem por autógrafos. Sua carreira, por outro lado, deveria evoluir sem pressões. Era a minha meta desde o início. Tudo tinha que transcorrer sem que ele percebesse algo de negativo, pois era muito jovem. Nesse período, nos acompanhou pela Suiça, Áustria e quase toda a Alemanha. Meio de semana ajudava em casa, aprendeu a cozinhar, passar sua própria roupa, arrumar a cama (foi criado pela mãe, quer dizer, do jeito que levantava, largava a cama. Cortei isso !). Cuidava do jardim, à tarde levava ele para a igreja. Sabia as horas que eu estava estressado com o meu trabalho, telefone, computador etc. nunca se cruzavam nossos caminhos. Certo dia, fomos ao METRO na Leopoldstr fazer compras. Percebi em seus olhos uma mistura de alegria/tristeza, mas não quis indagá-lo a razão. Chegando em casa, ele me falou que sentiu uma felicidade enorme por ter ganhado uma escova de dente de presente. Foi a primeira em sua vida, isso me emocionou e fez com que eu redobrasse minha atenção. Então contei para ele na mesma hora o comentário de uma mulher no caixa do METRO, dizendo que eu deveria apresentá-lo a uma agência de moda, pois ele é um jovem muito bonito.
Tudo tinha que transcorrer sem que ele percebesse algo de negativo, pois era muito jovem. Nesse período, nos acompanhou pela Suiça, Áustria e quase toda a Alemanha. Meio de semana ajudava em casa, aprendeu a cozinhar, passar sua própria roupa, arrumar a cama (foi criado pela mãe, quer dizer, do jeito que levantava, largava a cama. Cortei isso !). Cuidava do jardim, à tarde levava ele para a igreja. Sabia as horas que eu estava estressado com o meu trabalho, telefone, computador etc. nunca se cruzavam nossos caminhos. Certo dia, fomos ao METRO na Leopoldstr fazer compras. Percebi em seus olhos uma mistura de alegria/tristeza, mas não quis indagá-lo a razão. Chegando em casa, ele me falou que sentiu uma felicidade enorme por ter ganhado uma escova de dente de presente. Foi a primeira em sua vida, isso me emocionou e fez com que eu redobrasse minha atenção. Então contei para ele na mesma hora o comentário de uma mulher no caixa do METRO, dizendo que eu deveria apresentá-lo a uma agência de moda, pois ele é um jovem muito bonito.